O impacto da IA na segurança cibernética: Automação e detecção em tempo real
Especialistas destacam como a inteligência artificial (IA) está redefinindo a cibersegurança, potencializando tanto as defesas quanto os ataques e apresentando novos desafios legais e operacionais para as empresas.
Em um mundo cada vez mais digitalizado, a cibersegurança enfrenta um novo desafio: a inteligência artificial. Esta tecnologia, que promete transformar diversas indústrias, é empregada não só para fortalecer as defesas cibernéticas como também para aperfeiçoar os ataques. Durante o recente Cirion Forum Perú 2024, especialistas do setor analisaram os riscos e as oportunidades que a IA apresenta para a proteção das empresas, destacando a necessidade de uma gestão responsável e colaborativa para enfrentar essa nova realidade.
Os especialistas concordam que a inteligência artificial (IA) está mudando as regras do jogo, em um contexto onde os ataques cibernéticos evoluem rapidamente. Pablo Dubois, Gerente Regional de Produtos de Segurança da Cirion Technologies, explica que a IA não só ajuda a automatizar a proteção, como também se transforma em uma ferramenta essencial para analisar grandes volumes de dados e detectar vulnerabilidades antes que os ataques ocorram. “O analista de segurança não pode enfrentar todos os desafios sozinho. A IA é o parceiro de que precisamos para enfrentar ameaças em tempo real”, comenta Dubois. Esta tecnologia permite identificar e neutralizar ataques com mais rapidez, otimizando os tempos de resposta e reduzindo o impacto nas operações.
Neste sentido, ele identifica 6 características que a inteligência artificial agrega ao campo da segurança cibernética:
- Phishing mais sofisticado com IA: Um dos riscos mais preocupantes que a IA potencializou é o de phishing, que continua sendo a principal porta de entrada para os ataques informáticos. Os emails fraudulentos, que antes eram fáceis de detectar devido a erros gramaticais, agora são quase indistinguíveis dos reais, graças à perfeição na linguagem que a IA oferece. Isto dificulta ainda mais a proteção das empresas e exige novos métodos de defesa.
- Riscos legais associados à IA: Para Oscar Montezuma, CEO & Fundador da Niubox Legal Digital, os riscos jurídicos que acompanham o uso da IA, desde o uso indevido de dados pessoais até a propriedade intelectual gerada por sistemas autônomos, faz com que sejam levantadas questões que ainda não têm respostas claras no campo regulatório. Países como a Itália proibiram o uso de certas aplicações de IA até que estas cumpram com suas leis de proteção de dados.
- A IA, uma nova superfície de ataque: Além dos benefícios na defesa, a IA também representa uma nova frente de vulnerabilidade. Dubois explica que a inteligência artificial deve ser vista como uma nova superfície de ataque que exige o controle e o monitoramento constantes. Os atacantes também estão usando a IA para melhorar suas técnicas, o que obriga as empresas a se manterem um passo à frente.
- Governança da IA, um desafio pendente: O marco legal para regular a IA está em constante desenvolvimento. Montezuma comenta que embora existam normas internacionais, como a ISO 42001, para auditar sistemas de IA, muitas empresas ainda não implementam políticas internas robustas para a governança dessa tecnologia. Isto expõe tanto as empresas quanto seus clientes, diante de potenciais riscos.
- Colaboração internacional em regulamentações: Em nível global, as regulamentações sobre inteligência artificial estão se fortalecendo, com a Europa liderando a criação de leis rigorosas. No entanto, Montezuma destaca que a regulamentação excessiva poderia frear a inovação, especialmente em países como o Peru, onde já estão sendo aprovadas leis que podem gerar obstáculos desnecessários para as startups e empresas tecnológicas locais.
Por outro lado, o uso da IA tem também um impacto positivo na formação de novos profissionais na área de cibersegurança. A demanda crescente por especialistas faz com que a IA não só turbine os analistas atuais como também acelere o aprendizado de novas gerações. “A IA está ajudando a preencher a lacuna de talentos em segurança digital, permitindo que os novos profissionais entrem no ritmo com maior rapidez”, destaca Dubois.
A Cirion também implementou soluções de IA para otimizar a infraestrutura tecnológica de seus clientes. “Hoje, a IA pode analisar e propor configurações de segurança automaticamente, agilizando o tempo de resposta diante de possíveis ameaças”, acrescentou Dubois. Essa capacidade de automação ajuda a reduzir o tempo de inatividade e garante maior segurança operacional.
A inteligência artificial apresenta desafios e oportunidades no âmbito da cibersegurança. É fundamental que as empresas adotem uma abordagem proativa e colaborativa para se protegerem contra os riscos emergentes, enquanto se fomenta um marco regulatório que equilibre a inovação com a proteção. Só assim poderão navegar com sucesso por este novo cenário digital.
Sobre a Cirion
A Cirion é uma provedora líder de infraestrutura digital e tecnologia, oferecendo um conjunto abrangente de soluções de redes de fibra, conectividade, colocation, infraestrutura em nuvem e redes de fibra terrestre e submarina. A Cirion atende a mais de 5.500 clientes multinacionais e com sede na América Latina, incluindo empresas, agências governamentais, provedores de serviços em nuvem, operadoras de telefonia fixa e móvel, ISPs e outras empresas líderes. A empresa possui e opera um portfólio de redes e data centers próprios, com uma ampla cobertura em toda a região América Latina. Mais informações sobre a Cirion em https://www.ciriontechnologies.com/
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