A mentoria como “fórmula” para diminuir a lacuna de mulheres no campo tecnológico
Líderes do Women in Tech apresentaram propostas para a inclusão e os pilares para diminuir a lacuna de mulheres em STEM, no Cirion Forum Peru 2023.
O vice-presidente de Recursos Humanos da Cirion, Marcelo Melamed, destacou o papel das empresas tecnológicas em oferecer oportunidades de trabalho, oferecer salários igualitários e reforçar as competências tecnológicas.
Lima, 08 de setembro de 2023. As empresas de tecnologia desempenham um papel fundamental no desenvolvimento e promoção da equidade de gênero nas disciplinas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). Além de proporcionar oportunidades de trabalho e salários equitativos, é importante que reforcem a inclusão das capacidades tecnológicas em meninas, adolescentes e mulheres. Este tema central foi abordado no painel “Transformando o Futuro: empoderando o talento feminino em STEM” durante o Cirion Forum 2023, que contou com a participação especial das líderes do Women in Tech regional, Isabel Velarde e global, Ayumi Moore.
Segundo informações do Conselho de Ciência e Tecnologia e Inovação Tecnológica, o Peru está abaixo da média latino-americana em relação à presença de mulheres pesquisadoras, com apenas 32%. Para Marcelo Melamed, vice-presidente de Recursos Humanos da Cirion Technologies, o aprendizado e o desenvolvimento das habilidades STEM das mulheres nas organizações é importante. O progresso da tecnologia é exponencial, mas não estamos vendo o mesmo crescimento em relação às oportunidades para as mulheres em campo. O processo de mentoring é um ponto de inflexão para reduzir essa lacuna e por este motivo, a Cirion segue implementando iniciativas para fortalecer este compromisso, disse.
Mulheres líderes no campo tecnológico
Isabel Velarde, profissional com mais de 20 anos trabalhando no setor tecnológico e diretora do Women in Tech para a América Latina, relatou no Cirion Forum 2023 que identificou quatro áreas centrais para atrair mais mulheres para a tecnologia: educação, empreendimento, inclusão (digital e social) e política. Queremos que as mulheres acessem o mundo corporativo, que todas tenham as mesmas oportunidades e sejam financeiramente independentes, mas tudo depende do trabalho de nossos líderes para estabelecer políticas e leis que tornem isto realidade, acrescentou.
Além disto, também mencionou que a tecnologia é o grande disruptor da humanidade e que as empresas precisam focar em educar as meninas e adolescentes, especialmente as que ainda vão decidir em qual carreira querem estudar. Nos lares da América Latina é comum escutar que as meninas se inclinam para carreiras de humanas e os meninos para carreiras de tecnologia. É preciso mudar o mindset, porque se esses preconceitos forem herdados desde a infância, são muito difíceis de mudar mais tarde. É preciso um esforço significativo para acrescentar mentoras e programas de educação, fazer parcerias estratégicas com empresas para oferecer cursos gratuitos, comentou.
Em relação às mentorias, Velarde considera que são fundamentais nas diversas etapas do ciclo de vida profissional da mulher, pois, segundo estudos, se não fizermos as mudanças hoje, levaremos mais 100 anos para acabar com essa lacuna. Os mentores são uma grande fonte de inspiração e de contatos, podem ajudar a conectar as mulheres que estão dando os primeiros passos em suas carreiras com o mundo profissional. Se alguma adolescente ou jovem estudante admira muito uma profissional, pode contatá-la diretamente pelas redes sociais, mas também é importante oferecer uma rede de mentores. Existem muitas mulheres que são modelos a serem seguidos e que já estão bem à frente, então podem ajudar ao estender a mão, conclui.
Por sua vez, Ayumi Moore, que se interessou bastante por programação e agora é presidente da Women in Tech Global, declarou que a inclusão também passa por como incorporamos as pessoas com mais de 50 anos às organizações. Há uma enorme riqueza e experiência nessa idade que pode ser complementada pela força de trabalho jovem. A idade não importa para aprender com os jovens, com as novas tecnologias e novas habilidades. Precisamos ter uma equipe de trabalho com esta mentalidade e preparada para esta nova cultura corporativa, resumiu durante sua participação no Cirion Forum.
Perspectiva educacional
Este painel também contou com a participação de María Isabel León, vice-presidente da IPAE, que, através de sua experiência liderando diferentes instituições do setor educacional e corporativo, concordou com Velarde que o problema de acesso à educação em STEM surge a partir do momento em que as jovens decidem para qual carreira estudar. Para ela, é indispensável inspirar para viabilizar o sucesso que as mulheres também têm neste tipo de carreira. Para isto, é preciso mudar os conceitos de interesse desde a infância, com jogos mais inclinados para a pesquisa.
Outros problemas que León enxerga são a inserção profissional e a lacuna salarial, que continua acima de 22% em nível regional, nos mesmos trabalhos conduzidos por homens e mulheres. Por outro lado, as empresas não têm muitos talentos femininos se candidatando às vagas oferecidas, enfatizou.
Falamos de tecnologia, de gerações, de gênero, de inclusão, mas em última instância estamos falando de relações humanas e pessoas. Não se pode esquecer que por trás de tudo isto há sempre alguém com um sonho. Quando pudermos apoiá-las neste sonhos, tanto nós quanto elas seremos muito mais felizes, conclui Marcelo Melamed, na 15ª edição do Cirion Forum 2023, que voltou a ser presencial após anos sendo realizado de forma virtual devido à pandemia. O encontro deste ano, além disto, colocou em debate o poder das tecnologias emergentes durante o processo de transformação digital das empresas no Peru e na América Latina.
Sobre a Cirion:
A Cirion é uma provedora líder de infraestrutura digital e tecnologia, oferecendo um conjunto abrangente de soluções de redes de fibra, conectividade, colocation, infraestrutura em nuvem e comunicação e colaboração com o objetivo de promover o progresso da América Latina através da tecnologia. A Cirion atende a mais de 5.500 clientes latino-americanos e multinacionais, incluindo empresas, agências governamentais, provedores de serviços em nuvem, operadoras, ISPs e outras empresas líderes. A Cirion possui e opera um portfólio de redes e data centers próprios, com ampla cobertura abrangendo toda a região América Latina. Saiba mais sobre a Cirion em www.ciriontechnologies.com
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